quinta-feira, 11 de julho de 2013

Depois vai desacelerando


De repente, as coisas começaram a mudar, como uma tempestade que vem do nada depois de um dia quente. Era encantador ver como o sonho de me tornar mocinha havia chegado, mas assustador ter que enfrentar tantas coisas novas em tão pouco tempo. Os desenhos ficaram chatos, os garotos começaram a chamar a atenção, bichos de pelúcia foram substituídos por livros e os CDs infantis acabaram indo para o lixo, dando espaço para o de bandas nacionais e internacionais. E o amor e a dor começaram a ter um real significado. Hoje vejo como, há apenas um ano, eu era inocente, mas já me achava "a adulta". E ainda tenho certeza de que, daqui um ano, quando olhar para trás, também verei uma garota que ainda não era grande coisa. Porque, afinal de contas, deixar de ser criança não é tão fácil. Algumas essências dessa idade grudam na gente de uma forma que se levam muitos anos para conseguir perder. Querendo ou não. 

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